Diversidade e Inclusão nos Cartórios
Publicado em 30 de Setembro de 2025Num contexto cada vez mais atento à equidade e ao respeito às diferenças, os cartórios também têm um papel fundamental na promoção de um ambiente mais inclusivo, tanto internamente quanto no atendimento ao público. Diversidade e inclusão não devem ser vistas apenas como requisitos para certificações ou cumprimento de normas, mas como valores essenciais que refletem o compromisso social das serventias extrajudiciais.
Nesse cenário, a Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR) criou selos de reconhecimento que destacam as serventias que adotam práticas de valorização da diversidade, combate ao preconceito e promoção da acessibilidade. Entre eles estão o Selo Cartório Mulher, que valoriza iniciativas de proteção, reconhecimento e incentivo à participação feminina no ambiente de trabalho; o Selo Cartório Sem Preconceito, que certifica políticas e ações voltadas ao respeito à diversidade, independentemente de raça, religião, identidade de gênero ou orientação sexual; e o Selo Cartório com Boas Práticas e Ações de Acessibilidade, voltado às serventias que oferecem atendimento acessível e instalações adequadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Embora cada selo tenha critérios específicos, pequenas atitudes no dia a dia já fazem grande diferença: Garantir instalações acessíveis, como rampas, sinalização adequada e banheiros adaptados; investir na capacitação da equipe sobre diversidade e combate ao preconceito; formalizar políticas internas de não discriminação; e adotar recursos digitais inclusivos são exemplos práticos de como transformar a rotina de atendimento em algo mais humano e acolhedor.
Ao buscar certificações como essas, a serventia transmite uma mensagem poderosa à comunidade: todos são bem-vindos e respeitados. No entanto, é importante destacar que a diversidade e a inclusão vão além de conquistar um selo. Mais do que uma meta a ser cumprida, tratam-se de valores que precisam estar presentes de forma contínua, refletidos nas escolhas, nos relacionamentos internos e no atendimento prestado ao público. Quando essa cultura é incorporada à gestão, o resultado não se limita ao reconhecimento formal, mas se traduz em equipes mais engajadas, em usuários que se sentem acolhidos e em uma maior aproximação entre o cartório e a sociedade.
Promover diversidade e inclusão, portanto, é um investimento humano e institucional que amplia horizontes, fortalece laços e reafirma a missão social dos cartórios como verdadeiros espaços de cidadania.